O mestre Zen diz:
“Singularmente (extraordinariamente) radiante (brilhante) é a maravilhosa luz
Livre da fronteira da matéria e dos sentidos”.
Se você se torna consciente, (se você desperta do sono da ilusão) você imediatamente sabe que você não é o corpo, nem a mente – você é pura consciência em si, e essa pura consciência em si mesmo é a maravilhosa luz. Essa é a luz da qual Buddha falou: “Seja uma luz em si mesmo”.
A luz não está confinada em nenhuma palavra. Ela está além de todas as escrituras, além de todas as expressões, além de todas as definições.
“A Essência, repleta de beleza, fica exposta na sua pura eternidade”.
Mas se você tem sensibilidade pra ver, se você tem inteligência, ela está disponível em toda a sua nudez, em toda a sua eterna pureza, na sua absoluta, essencial beleza. A todo momento está disponível: É simplesmente por causa da nossa estupidez, da nossa mediocridade, é simplesmente por causa da nossa mente, que ela permanece escondida. (mas...) ela não está escondida – a sua consciência é que está anuviada (encoberta), e por isso você não consegue ver.
“Nunca maculada (nunca manchada) é a natureza-Mente”
E lembre-se: seja o que for que você faça, seja o que for que você tenha feito, você não pode macular (manchar) seu âmago mais íntimo. Seu centro permanece intocado pela superfície, sua consciência permanece intocada pelo seu caráter. O ciclone não pode tocar o centro. Você é o centro do ciclone.
Assim, seja o que for que você tenha feito você o fez somente em sonhos. Quando você acorda, quer você tenha sonhado que foi um pecador ou um santo, não interessa. Quando você acorda (quando há o despertar da consciência), ambos os sonhos acabaram – você nem liga. Você não se sente culpado, se foi um pecador nos seus sonhos e você não se sente mais santo, só porque foi um santo nos seus sonhos. Sonhos são sonhos, ilusões. A pessoa acordada (desperta) está livre de todos os seus sonhos. E nessa condição, o Estado Búdico é realizado.
Este é o rugir do leão: Nesse exato momento vocês já são Buddhas! Nada tem de ser alcançado, nada tem de ser mudado. Acorde! Tudo o que é preciso é inteligência, tudo o que é necessário é compreender o ponto, a capacidade de estar disponível neste momento.
Onde você está? Você está aí? Você é capaz de estar presente momento a momento? Ou fica perambulando entre o passado e o futuro? Pensando no que podia ter feito, no que aconteceu, nos amores perdidos... Pensando em quem se foi... Ou de repente está sonhando com um carro novo... Em possuir riquezas... Sonhando que quando tiver um bom emprego, uma casa grande e puder viajar pelo mundo todo ao lado de uma linda mulher ou homem maravilhoso, você será imensamente feliz...
Toda a miséria está em sua imaginação. Quando esta miséria imaginária é abandonada, não sobra nada além de bem-aventurança, graça e êxtase.
Por alguns instantes, simplesmente esteja disponível ao momento presente... observe a sua respiração... sem palavras, sem sonhos, sem mente... A mente é o resultado do seu contato com a sociedade, com seus pais, com os educadores, com os sacerdotes...
Nesse estado, todos os êxtases são seus.
MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)
ESCUTA / ENSINAMENTO (1)
“A luz existe em perfeição desde o começo”
COMPREENSÃO / REFLEXÃO (2)
Preste atenção a essas palavras: A luz existe em perfeição desde o começo. A essência da mente é luz; a mente original é luz. Isso significa que você não tem que atingir a perfeição. Esta é a descoberta Zen: que você não tem que atingir (que alcançar) a luz – ela já está aí. Você é perfeito desde o começo.
“Apenas por arremessar fora suas ilusões o Estado Búdico (Estado Desperto) é realizado”
Perceba... Tudo que é preciso é apenas desfazer-se de suas ilusões.
E imediatamente você percebe que você foi um Ser desperto (buddha), desde o começo. Você sempre foi o Buddha (um Ser Desperto) e ninguém mais. A divindade é sua natureza intrínseca, não é nada a ser conseguido. E é impossível maculá-la... (manchá-la...). Nenhum carma pode maculá-la (manchá-la).
FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO (3)
Nos próximos minutos...
Procure se perceber como um Ser Iluminado – Você já é um Buda.
Nada tem de ser alcançado, nada tem de ser mudado. Então, desperte!
Tudo o que é preciso é inteligência, tudo que é necessário é compreender o ponto.
Deixe para trás, por alguns minutos, a ilusão do seu nome, da sua posição social, a ilusão do corpo, da mente...
E penetre o silêncio.
Em profundo silêncio encontre a si mesmo.
Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.
Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.
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