O Zen é para ninguéns

Relaxe seu corpo... Observe a sua respiração
Lentamente, procure sair da superfície da mente - inquietude, agitação, pensamentos ondulantes... E mergulhe profundamente em seu espaço interior... Busque uma profunda quietude...

Procure abrir uma nova dimensão da busca, onde as palavras não são necessárias, mas o silêncio sim. Onde você pode dizer apenas sem dizer, onde dizer algo é perder. Sim, você pode rir, pode dançar, porque enquanto você está rindo com totalidade, a mente para, o tempo para e todo o seu Ser funde-se em uma unidade, em um organismo. Caso contrário, você se torna uma multidão: por um lado, indo para o sul, por outro lado indo para o norte, e sua cabeça fica dispersa em milhares de pedaços.

Então, simplesmente escute... Seja uma testemunha, não diga uma palavra. Apenas seja e, neste momento, a consciência desperta (fica iluminado).

No Zen a língua é usada de um modo totalmente diferente de como ela é usada comumente. Quando o mestre pergunta: “Qual é o seu nome”? Ele quer saber Quem é você? Você está aí? É uma pergunta não sobre um nome qualquer, mas sobre a consciência eterna dentro de você... “Você já a encontrou”?

Quando a linguagem para, quando a mente para e você é simplesmente um silêncio, um puro espaço... Então você pode fazer qualquer ato espontaneamente, e isto estará falando transcendentalmente.
A existência tem de ser experienciada sem verbalização intelectual. Uma dança servirá, porque, numa dança, você é total. O verdadeiro dançarino esquece-se de si mesmo, somente a dança permanece e o dançarino desaparece.
E pode acontecer de muitos modos. Um poeta, um pintor, um músico, um carpinteiro, não importa o que você esteja fazendo, mas se você o está fazendo sem a mente interferir... Isto é transcendência.
Sua ausência é transcendental. A ausência do seu ego é transcendental.

Nesse estado, você conhecerá a poesia da existência... Então você conhecerá a estética, a beleza que o circunda. Então, você conhecerá o que não pode ser conhecido, o que não pode ser dito, mas, ainda assim, pode ser sentido, ainda assim, pode ser vivido.
Silencie todo o seu ser...


MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)

ESCUTA / ENSINAMENTO
Seja apenas uma testemunha e torne-se um ser Iluminado


COMPREENSÃO / REFLEXÃO
Não use palavras! Você tem de compreender o que está sendo dito transcendentalmente. Você pode olhar nos meus olhos e ver o silêncio deles?
Vocês podem ver, em uma única rosa, todas as rosas do passado e todas as rosas do futuro?
Ver transcendentalmente significa ver, não com os olhos físicos, mas com o Ser Interior.


FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO
Penetre um silêncio absoluto.
Apenas uma simples percepção.
Nenhum movimento, seja da mente, seja do corpo...
Apenas reúna toda sua energia na maior profundidade do seu interior.
E, então perceba uma chama não-ondulante... O âmago mais profundo do seu ser...
Sem palavras, mas apenas uma sombra de uma experiência.

Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.

Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.

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