Uma pergunta que sempre temos que fazer: como podemos amar os outros se não aprendermos a nos amar e aceitar a nós mesmos?
De muitas maneiras, as máscaras que criamos são apenas reações inconscientes ao nosso medo de sermos julgados. Não faz a menor diferença se a máscara que vestimos é tímida e introvertida ou exuberante e extrovertida, uma máscara ainda é uma máscara.
À medida que nos tornamos cada vez mais certos de quem somos, nos tornamos mais estáveis e reais. Deixamos de nos preocupar com o que os outros pensam e somos mais capazes de compartilhar amor e carinho. O caminho espiritual é o caminho de um guerreiro. É preciso coragem para usar o coração e enxergar além da superfície – além das máscaras.
Quando somos capazes de relaxar e abandonar o que é irrelevante, o que nos resta é a essência nua – a autêntica natureza do Buda interior. E seu Buda interior é extremamente confiante e seguro de si; ele se sente à vontade com todo mundo e em toda parte. Quando estamos em contato com nosso Buda interior, não precisamos mais comer em restaurantes onde poderemos ser vistos pelas “pessoas que contam”. Não nos preocupamos mais com o fato de sermos apreciados ou de sermos adequados; podemos seguir o nosso próprio caminho. Quando estamos em contato com o nosso Buda interior, somos capazes de aceitar as outras pessoas porque nos aceitamos a nós mesmos por quem e pelo que somos. Chegamos em casa, e estamos à vontade e em harmonia com nós mesmos. Esta é a meta da jornada.
Na vida, sentimos muitas vezes que temos que fingir ser algo que não somos; muitas vezes sabemos que as pessoas à nossa volta também estão fingindo. É cansativo, não é mesmo? Fazemos de conta que tudo está bem, mesmo quando não está; fingimos ser fortes e corajosos quando estamos assustados e vulneráveis; simulamos estar felizes quando estamos tristes; fingimos saber o que estamos fazendo quando na verdade estamos totalmente confusos. Fazemos tudo isso com tanta frequência que o fingimento e falta de autenticidade se transformam em hábitos, até que nos perdemos no meio do rodopio, da fumaça e dos espelhos - perdemos o contato com o nosso eu essencial e a realidade fundamental da nossa vida.
Quantas horas por dia passamos nos sentindo desligados ou tendo a impressão de que estamos representando um papel? Algumas pessoas estão sempre bajulando outras cuja presença lhe é desagradável. Muitas se sentem oprimidas pelo peso de constantemente tentarem ser o que os outros querem que elas sejam. Onde isso tudo nos leva?
No final, a quem achamos que estamos enganando? Nos momentos crucias da vida e da morte – momentos de crise, alegria e tragédia – não há espaço para o fingimento. Somos obrigados a ser verdadeiros. Não é isso que todos nós fazemos? Isso significa que podemos ser nós mesmos o tempo todo.
Podemos nos religar a nossa verdade.
E uma das maneiras pelas quais podemos começar a cultivar uma presença autêntica é conceder a nós mesmos algum tempo no qual assumimos o compromisso de ser o mais verdadeiro, o mais sincero e o mais real possível. Então, reserve um período de tempo – pode ser uma hora por dia, um dia por semana ou mesmo um dia por mês.
Durante esse período, procure manter tudo o que fizer, disser e pensar o mais centrado, real e verdadeiramente ligado à sua experiência cotidiana em cada momento. Seja a pessoa certa no momento certo na hora certa, colocando-se em harmonia com qualquer momento, no momento em que ele se apresentar.
E como posso fazer isso?
Seja natural: Onde você se sente mais à vontade e natural? Pense nas pessoas que fazem você se sentir mais estável. A naturalidade estimula a cura, pois ela é o oposto da ansiedade e do estresse. Então relaxe e permita-se guiar por seus impulsos saudáveis e naturais;
Seja simples: Faça uma refeição simples; dê um passeio simples; sente-se em uma cadeira e contemple as árvores e o céu; procure não acrescentar nada desnecessário ou irrelevante à sua vida. Simplifique, simplifique, simplifique.
Reduza sua tendência a controlar as coisas. Experimente renunciar a algumas de suas ansiedades bem como à tendência de controlar as situações e as outras pessoas. Deixe os outros em paz, deixe você mesmo em paz;
Seja autêntico. Pergunte a si mesmo: “O que eu sinto realmente”? Não se deixe influenciar indevidamente pelos valores e condições externas.
A mensagem de hoje é:
Permaneça atento. Preste atenção e permaneça consciente da sua experiência a cada momento. Fique atento ao momento presente. Este é o momento sagrado. Não o deixe passar.
MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)
ESCUTA / ENSINAMENTO
Seja uma luz para si mesmo
COMPREENSÃO / REFLEXÃO
A meditação diária é a forma mais simples de permanecer no caminho essencial do despertar. Isto é feito quando se presta atenção, quando se pratica a atenção plena em vez da completa desatenção, quando se cultiva conscientemente a presença da mente em vez da distração total.
Procure permanecer atento momento a momento
FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO
Nos próximos minutos
Observe a sua respiração e alcançando o momento presente.
E nesse estado, tudo é luz, tudo é paz, tudo é tranquilidade
Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.
Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.
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