O que é o coração de um Buddha – um Ser desperto – e como ele pode ser despertado em nós?
O coração de um Buddha é a nossa natureza mais afetuosa, mais compassiva, mais carinhosa. Essa bondade fundamental é a nossa verdadeira natureza (luminosa) e ela está sempre presente. Esse coração palpita dentro de cada um de nós .
No dia a dia, diante de tantos desafios, tantas mudanças e incertezas que temos de enfrentar, é cada vez mais urgente o despertar do nosso autêntico coração compassivo.
Então vamos aceitar esse fato. Precisamos uns dos outros. Temos a necessidade de sentir a presença e o amor uns dos outros. Em algum momento, quase todos perdemos de vista o lugar a que pertencemos e, em vez disso, vivenciamos intensos sentimentos de solidão, alienação e confusão. O verdadeiro buscador (espiritual) tenta encontrar o caminho de volta ao lugar que ocupamos no espaço e tempo presente. É uma jornada de volta ao que realmente somos.
Madre Teresa de Calcutá disse certa vez: “O maior problema que o mundo enfrenta hoje não é o número de pessoas que morrem nas ruas nem a inflação, mas sim a carência espiritual - o sentimento de vazio que bate, e nos sentimos isolados e separados. Mesmo quando estamos cercados por pessoas que conhecemos, podemos nos sentir separados e isolados. Poderíamos (então) perguntar: “separados de quê”? Separados dos outros, separados de nós mesmos, separados do significado da vida, separados do amor.
A promessa da vida espiritual é que seremos capazes de curar esses sentimentos através do amor - essa ligação essencial com todos os seres.
Precisamos sentir a luz e o calor que emanam dos outros; queremos sentir o amor verdadeiro; temos sede de uma comunicação genuína (uma fala amável, gentil) - de ligações verdadeiras...
Quando nossos relacionamentos são superficiais, sentimos que estamos levando uma vida muito superficial; quando nossos relacionamentos refletem um compromisso e aspirações maiores, sentimos que estamos percorrendo um caminho mais significativo e satisfatório.
O amor surge através do relacionamento. É por isso que precisamos nos ligar uns aos outros.
A meta interior (de um verdadeiro buscador) é alcançar a pureza inata; é alcançar a perfeição essencial existente em cada um de nós, através da prática do Yoga e meditação, realizar a sabedoria, a clareza - a paz mental.
Já a meta exterior da vida espiritual se expressa na maneira como nos sentimos com relação aos outros, como os percebemos e também na forma como os tratamos.
O que isso significa hoje, para nós, na vida que vivemos em casa, no trabalho ou no shopping? Na qualidade de buscadores, como podemos crescer espiritualmente junto com as pessoas que são importantes para nós? Como podemos compartilhar a meditação, o silêncio, a música e a prece com aqueles que amamos? Como podemos enriquecer espiritualmente todo relacionamento?
O que podemos aprender com aqueles que amamos e com aqueles que não amamos? Buda dizia que todos os nossos vínculos são sagrados.
Quando na qualidade de buscadores, começamos a nos religar mais profundamente ao nosso coração amoroso – nosso centro espiritual – começamos a compreender melhor a profunda sabedoria e percepção intuitiva que são uma parte natural de cada um de nós.
A inteligência espiritual nos confere a sabedoria de enxergar o relacionamento entre o mundano e o divino, a luz e sua sombra.
A mensagem de hoje é que:
O cultivo de um desenvolvimento espiritual possibilita que nos tornemos melhores parceiros, melhores pais e melhores amigos, além de aprofundar a nossa sabedoria interior e compaixão.
MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)
ESCUTA / ENSINAMENTO
A vida nos convida a habitar no único momento que nos pertence – o aqui e agora.
COMPREENSÃO / REFLEXÃO
Praticar a Mente Atenta é acender a luz da nossa consciência bem no meio da escuridão da Ignorância, e perceber toda escuridão de nossos pensamentos e emoções, olhando em profundidade, identificando...
E, assim, pela presença da luz; devido a plena consciência que observa constantemente, os pensamentos são compreendidos, pacificados, purificados e, por fim cessam – se dissolvem na espaciosidade da mente.
FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO
Nos próximos minutos
Procure penetrar em cada pedaço do corpo, parte por parte, a fim de realmente estar ali, conhecer, saber e, então, ir além... Chegar tão profundamente próximo que nossa mente acabe por se fundir com o corpo e o autêntico coração compassivo, no momento presente.
Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.
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