O nosso estudo é sobre o despertar do coração. E serve de guia para quem deseja manifestar o seu autêntico coração compassivo.
Nos dias de hoje, em que tantas pessoas procuram ajuda para lidar com os próprios sentimentos de dor, angústia e ansiedade, ao mesmo tempo que desejam aliviar o sofrimento que veem ao seu redor, os antigos ensinamentos são especialmente encorajadores – não desperdice esta oportunidade para se transformar em uma pessoa melhor (menos egoísta, menos agressiva, mais amorosa, mais afetuosa e compassiva).
Há instruções sobre como podemos nos abrir quando percebemos que estamos nos fechando para nós mesmos e para os outros... Aprendemos, também, a doar quando nossa tendência é reter. Aquilo que rejeitamos em nós mesmos e nos outros, pode ser visto e sentido com honestidade e, principalmente, compaixão. Esses ensinamentos compartilhados por Buddha nos mostram como não recuar; como ser capaz de dar apoio ao demais seres.
Muitas pessoas repetem o nosso roteiro, desejando os benefícios para os outros, fazendo preces para que as aflições mentais sejam extintas e que todos os seres possam se libertar do sofrimento. Mas quando, como, onde fazemos efetivamente isso? Aqui, dentro da aula de Yoga? Ou você transforma essa aspiração em algo positivo na sua experiência do dia a dia? O que você fez de positivo no dia de hoje para os outros? Alguma ação de corpo, fala ou mente para aliviar tanto sofrimento? Precisamos avançar no nosso treino e sair do tapetinho de Yoga para o mundo, realizar ações que aliviem o sofrimento dos outros. Não podemos fechar os olhos ao sofrimento ao nosso redor.
Precisamos lembrar o que fazer para despertar o nosso autêntico coração e enfatizar a comunicação e o relacionamento compassivo com os outros; perceber que a tentativa de satisfazer um “eu” ilusório acaba nos afastando da dor do mundo. Nós podemos, sim, abandonar o nosso egoísmo, e em vez de proteger nossos pontos vulneráveis, nos permitir sentir o que é ser humano.
Com uma visão mais ampla, podemos usar nossas dificuldades e problemas para despertar o nosso coração e ampliar a nossa compaixão.
A compaixão verdadeira não brota de querer ajudar os que são menos afortunados, a compaixão verdadeira surge ao percebermos nossa afinidade com todos os seres – somos todos iguais: sofremos e nos alegramos.
E o mais legal de tudo isso, é que podemos começar a perceber isso do ponto onde estamos – com nossas dores e alegrias -, gerando compaixão por nós mesmos, o que nos conduzirá naturalmente a compaixão incondicional pelos outros.
Com nossas aulas de Yoga Budista aprendemos a ser práticos na vida cotidiana e sentir uma grande inspiração ao perceber que podemos usar todos os acontecimentos (do nosso dia a dia) como uma oportunidade para despertar a nossa inteligência natural; uma oportunidade para despertar a nossa compaixão; despertar um novo olhar.
Ao colocar em prática tudo o que recebemos aqui, temos a grande oportunidade de mudar a nossa atitude egoísta e nos relacionar de forma compassiva com o que gostaríamos de manter a distância... e aprender a doar e compartilhar (não roupas e sapatos usados), mas compartilhar aquilo a que mais nos apegamos.
Para aqueles que se consideram preparados para essa mudança, este pode ser o começo de um belo aprendizado sobre o que realmente significa amar.
MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)
ESCUTA / ENSINAMENTO
Somos todos iguais – queremos ser felizes; queremos nos libertar do sofrimento
COMPREENSÃO / REFLEXÃO
Se estivermos dispostos a ocupar o lugar que nos pertence e nunca desistir de nós mesmos, seremos capazes de nos colocar no lugar dos outros e nunca desistir deles, também.
FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO
Nos próximos minutos, simplesmente repouse a atenção na respiração e pratique Shamatha – o tranquilo permanecer.
Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.
Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.
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