Mente inquieta

Observe toda a agitação de sua mente...
Às vezes nos sentimos inquietos e, por mais que tentemos, não reconhecemos nossa própria mente. Os pensamentos parecem tomar vida própria, correndo precipitadamente de uma experiência ou emoção para a próxima, sempre buscando por algo, embora possamos nem saber bem o quê. Até mesmo o pensamento de desacelerar causa ansiedade, pois nos perguntamos: “o que vamos conseguir com isso”?
Esquecemos que, embora tenhamos começado a jornada para sermos felizes, essa felicidade foi momentânea, e paramos no acostamento. Então ficamos agitados e sentimos um ímpeto de seguir para o próximo passo, de apanhar outro pedacinho de felicidade ou sucesso, porque não conseguimos nos assegurar de que o que temos agora será suficiente.
Cotidianamente há uma sobrecarga de informação, uma sobrecarga de escolhas. Fazemos muitas perguntas, mas não temos tempo ou paciência de sentar por um momento para ouvir ou compreender as respostas. E passamos tanto tempo correndo por toda parte, buscando soluções, que esquecemos de olhar diretamente a verdadeira natureza do problema.

E o mestre diz...
Ah... Se ao menos nos sentíssemos assentados em nossas próprias mentes e felizes com o lugar onde estamos, e a direção que tomamos... Ah, se ao menos nossas mentes parassem de complicar, super analisar, pensar demais...
Perceba... O ser humano – ao sacrificar a saúde para fazer dinheiro, precisa sacrificar o dinheiro para recuperar a saúde, e então, fica tão ansioso com o futuro que não aproveite o presente e, como resultado, não vive no presente, nem no futuro – vive como se nunca fosse morrer e morre sem ter realmente vivido.
É um padrão que facilmente caímos. A felicidade está sempre ali na esquina e, mesmo quando a encontramos, algumas vezes esquecemos que era por ela que estávamos buscando. Usamos o fato de estarmos sempre ocupados como se fosse uma medalha de honra, mesmo que saibamos, bem lá no fundo, que a quantidade de coisas que fazemos num dia não se traduz em felicidade ou contentamento, ou sequer em algum tipo de vitória – pobre ser humano... Correndo daqui para ali, jamais com a sensação que dispõe de tempo suficiente para as pessoas ou para as tarefas; estamos sempre dispersos...
Acabamos perdendo o contato com os bons amigos, nossa família nos perturba e o nosso chefe é um pesadelo.
E o tempo está passando...


MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)

ESCUTA / ENSINAMENTO (1)
A mente inquieta teme a quietude; fica facilmente entediada.


COMPREENSÃO / REFLEXÃO (2)
A mente serena está sempre ocupada, ocupada e ocupada.
E nesse estado, a vida corre fora de foco e muitas vezes parece estagnada; constantemente ansiamos por companhia, mas não importa, pois continuamos a nos sentir sozinhos na multidão.


FAMILIARIDADE/ MEDITAÇÃO (3)
Procure se dar uma chance de acalmar e nutrir a sua mente, abrindo espaço para a compreensão de sua verdadeira natureza.

Assim que essa sensação de bem aventurança surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.

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