O movimento natural da vida

Procure se conectar com o movimento natural da vida...
E perceba que somos uma mistura de agressão e gentileza amorosa, um coração insensível e uma receptividade suave, temos uma mente mesquinha e, ao mesmo tempo, uma mente aberta pronta para perdoar. Não temos uma identidade fixa, previsível, que faça com que alguém diga “Você sempre foi assim. Você sempre foi igual”.
Perceba que a energia da vida nunca é estática. É fluida e mutável como o tempo. Algumas vezes gostamos de como estamos nos sentindo, outras não, e vice-versa. Existe uma contínua alternância de felicidade e tristeza, conforto e desconforto. Isso acontece com todas as pessoas; a energia dinâmica da vida está sempre presente.
Nossa energia e a energia do universo estão sempre fluindo, mas temos pouca tolerância para ver a nós mesmos e o mundo como algo em constante mudança. Em vez disso, nos apegamos a uma rotina monótona de “eu quero isso” e “eu não quero isso”, a rotina que continuamente nos aprisiona em nossas preferências pessoais.
A fonte de nosso desconforto é o desejo insaciável de certezas e segurança, de algo sólido em que segurar. Inconscientemente, esperamos conseguir o trabalho certo, o parceiro certo; esperamos que nossas vidas fluam com mais suavidade. Quando alguma coisa inesperada ou que não gostamos acontece, reagimos com muita facilidade.
Nunca somos estimulados a sentir, em sua plenitude, o movimento de ir e vir de nossos humores, de nossa saúde (...) o ir e vir do tempo e dos acontecimentos externos. Em vez disso permanecemos prisioneiros do medo, de padrões mesquinhos para evitar a dor, e procuramos sem cessar o conforto.
Ao fazermos uma pausa, um intervalo, e respirarmos fundo, sentimos um novo entusiasmo. De repente nos acalmamos. E quaisquer que sejam nossas sensações, momentaneamente nossa mente alcança um estado de perfeito repouso, imobilidade e clareza.
Somos estimulados o tempo todo a nos sentir confortáveis, a começar a relaxar. Somos encorajados a interromper a sucessão de pensamentos e parar, observar a respiração. Ou seja, concentrar a atenção plena no momento presente por alguns segundos.
Nessa jornada de aprender a estar presente, é muito útil reconhecer nosso apego ao eu, quando ele promove uma reação.
E em vez de ver o apego como um obstáculo a ser ultrapassado, podemos considera-lo uma oportunidade de transformação, uma porta aberta para o despertar. Quando perceber que foi estimulado a agir, pense que é um momento neutro, um momento no tempo, um momento que pode seguir qualquer rumo. É um momento precioso para começar a fazer escolhas que levarão à felicidade e à liberdade, e não escolhas que levarão ao sofrimento desnecessário.


MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)
ESCUTA / ENSINAMENTO (1)
Podemos criar um futuro sem violência, apenas observando como reagimos ao apego no momento em que surge.


COMPREENSÃO / REFLEXÃO (2)
Tendo ouvido um ponto do ensinamento, tentamos compreender seu significado.
A maneira como reagimos tem implicações globais. Nesse momento, conscientemente escolhemos fortalecer nossos antigos medos baseados no hábito, ou vivenciamos em sua plenitude a energia agitada e inquieta, mas deixando-a fluir com naturalidade.
Ao examinar com atenção esse processo de mudança, é preciso coragem para relaxar sem uma tentativa de se esquivar.
É preciso coragem e determinação para permanecermos abertos e receptivos ao apego, à coceira


FAMILIARIZAÇÃO / MEDITAÇÃO (3)
Tendo contemplado e compreendido um pouco mais esse ponto
Nos próximos minutos, volte a observar a respiração e permaneça atento aos movimentos da mente...
Perceba a contínua alternância entre apego e rejeição a cada sensação que flui em sua mente e corpo...
Ao perceber que você foi fisgado, volte a observar a respiração e deixe a energia fluir com naturalidade.

Assim que esse sentimento de liberdade surgir, esse sentimento de não estar preso a nenhuma sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.


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