Neste momento, olhe pra dentro e absorva-se em si mesmo... Se além de ir para dentro nesse exato momento, você fosse capaz de despertar o seu Buddha adormecido, o que encontraria?
No seu coração, no meu, e de todas as criaturas - grandes e pequenas -, existe um brilho interno que reflete a nossa natureza essencial, que é sempre positiva... Os tibetanos se referem a esta luz interior como brilho puro ou luminosidade própria, dotada de compaixão incondicional e amor.
Quando estamos dispostos a ouvir e refletir sobre o Dharma – a sabedoria luminosa que nos guia através da escuridão da ignorância e confusão, podemos atingir essa luminosidade inata. Chegaremos ao âmago do despertar – a iluminação. Saberemos onde estivemos e para onde vamos. Nossa própria luz interna e nossa verdade nos guiará.
Iluminação significa um fim para o andar sem destino. Significa que você encontrou o seu Buddha interior - o Ser autêntico. E como esse Ser autêntico se sente? Totalmente confortável, em paz, à vontade em cada situação e em qualquer circunstância, com uma sensação de verdadeira liberdade interior, independente das condições externas e das emoções internas.
Despertar o Buddha Interior (Ser autêntico) e permanecer desperto exige autoconhecimento, um estado de presença. Significa prestar atenção, momento a momento, em como pensamos e agimos, um compromisso contínuo com a busca interna por respostas... Para dentro... Mais fundo... Por baixo da superfície das coisas, e não apenas dentro de você mesmo.
Estamos sempre procurando as respostas do lado de fora. Esperamos que amantes, amigos, pais, autoridades e até mesmo filhos preencham necessidades nossas que eles não têm a menor possibilidade de suprir. Temos fantasias sobre romances, carreira, amizades, aventuras. Estamos cheios de fantasias sobre o passado e o futuro. Muitas vezes não queremos soltar essas fantasias porque temos medo de que, se fizermos isso, estaremos desistindo da vida.
Mas não é assim que funciona. Na verdade, expectativas pouco realistas diminuem a alegria do momento atual.
Todos nós tendemos a pensar principalmente em termos de satisfazer nossos desejos e de assegurarmos nosso lugar no mundo; fomos condicionados a colocar a ênfase primária na personalidade ou como parecemos aos outros. Nossos discursos estão cheios de frases sobre como projetar uma boa imagem. A Ênfase é em como parecemos para nós mesmos e também como parecemos para os outros – para conseguir aquilo que desejamos. Todos nós buscamos segurança, bem estar e certezas.
Muitas vezes nos dizem: “não fique aí parado, faça alguma coisa”. Então, fazemos muitas coisas. Quando estamos envolvidos em relacionamentos pouco satisfatórios, achamos que a solução está em um novo relacionamento; quando temos empregos que nos deixam revoltados e estamos infelizes com o que nos cerca, achamos que se mudarmos de local resolveremos nossa infelicidade.
Levamos esse tipo de lógica ainda mais adiante, quando reduzimos a vida a uma contínua competição. Fomos treinados e condicionados a acreditar que a vida é uma questão de realizações, que se trata de vencer, perder e se afirmar... Então não é de se espantar que tantos de nós se sintam alienados, sozinhos, esgotados, céticos e sem esperanças.
Buddha vira do avesso nossas atitudes sobre vencer e se dar bem. A Ênfase não é em novas conquistas. Precisamos desacelerar, respirar, voltar para dentro e chegar em casa, chegar ao centro do ser. Aquilo que procuramos, nós já somos. Tudo está disponível no estado natural. Então por que procurar em outros lugares?
Antes de prosseguir, vamos deixar bem claro que não quero ninguém endurecendo o coração. Não vamos nos isolar e nem nos tornar puritanos que se acham melhores que os outros. Ao sentar para meditar não vamos ficar rígidos, como estátuas inertes de Buddha. A plenitude espontânea conhecida como a natureza de Buda está sempre fluindo... cheia de êxtase.
Trilhar um caminho interior também não é como um culto, nem uma fé cega, não se trata de seguir o rebanho como um cordeiro. Os ensinamentos profundos são sobre uma consciência luminosa e uma prazerosa liberdade de ser, ambas inseparáveis de nós.
O caminho como sempre, começa embaixo de nossos pés, com o primeiro passo que damos. Onde estamos nesse momento? E aí que começamos, mas com plena atenção em como você pensa e age.
MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)
ESCUTA / ENSINAMENTO (1)
Despertar o Buda interior é abandonar a personalidade fixa e se tornar desperto, liberado e consciente.
COMPREENSÃO / REFLEXÃO (2)
Embarcar no caminho espiritual significa abandonar as correntes superficiais e penetrar nas águas profundas da verdadeira sanidade. Aqui, nós não estamos apenas nadando contra a corrente, mas sondando as águas profundas do Ser para conectar nossa verdadeira natureza. E como começamos? Um passo de cada vez...
FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO (3)
Nos próximos minutos...
Respire... Respire mais uma vez... um leve sorriso no canto dos lábios... Relaxe. Chegue onde você está.
Seja natural. Abra-se para a ausência de esforço, para ser, em vez de fazer.
Solte tudo. Deixe ir...
Desfrute por um momento a alegria maravilhosa da meditação.
Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos
Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.
Estou muito FELIZ em aprender e compartilhar os Ensinamentos! NAMASTÊ
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