Shantideva, o grande mestre Indiano, diz:
Todos nós somos Buddhas,
Ao dizer Buddha, a pessoa naturalmente pensa no príncipe Sidarta Gautama, que alcançou a iluminação... Buddha, no entanto, tem um significado muito mais profundo. Na realidade, significa que alguém despertou completamente da ignorância e se abriu ao vasto potencial de sabedoria. Um Buddha é aquele que colocou um ponto final ao sofrimento e frustração, e descobriu a felicidade e a paz duradouras e imortais.
Sua mensagem – de que a iluminação está ao alcance de todos – proporciona grande esperança, porque através da prática, você também pode se tornar desperto.
Buddha é alguém que desenvolveu tanto a compaixão quanto a sabedoria ao nível máximo. Compaixão é uma mente que, com a motivação de apreciar todos os seres vivos, deseja libertá-los do seu sofrimento.
Então:
Abra o coração, desperte para a luminosidade de sua mente.
E Surya Das comenta:
A vida espiritual sempre foi uma busca por significado e por respostas para as duas perguntas existenciais: “Quem sou eu”? e “Por que eu sou”? A procura pela verdade, pela autenticidade pessoal e pela realidade são os alicerces do caminho espiritual.
Muitas pessoas que embarcam numa jornada espiritual, muitas vezes estão lamentando uma perda – a separação da pessoa amada, a morte de uma pessoa querida, uma crise pessoal, problemas de saúde ou a sensação de que algo está errado ou faltando. Algumas vezes estão simplesmente procurando uma forma melhor de amar o mundo.
Muitas vezes os caminhos da vida nos parecem confusos e, quando pensamos em nossas vidas e nossas experiências, temos certeza de que de alguma forma tudo isso deve fazer sentido, mas muitas vezes perece existir problemas demais, caos demais – achamos que nunca conseguiremos arrumar a desordem. Não sabemos por que é assim, mas em algum nível temos certeza de que somos responsáveis por nosso destino.
Aqueles de nós que empreendem caminhos espirituais têm motivos diferentes. Alguns querem conhecer a si mesmos. Outros desejam transformação; outros querem milagres. Muitas pessoas desejam aliviar o sofrimento, ajudar os outros, e fazer do mundo um lugar melhor. Perceba, a maioria procura amor e realização, de uma forma ou de outra.
Todos nós desejamos paz interior, aceitação, satisfação e felicidade. Todos nós queremos remédios verdadeiros para nossos sentimentos de desespero, de alienação, de desesperança. Todos nós desejamos alimento espiritual e cura.
Então por que a vida parece tão estéril e solitária? E por que existe tanto medo, dúvida e ansiedade em meu coração?
Talvez você sinta, às vezes, uma enorme saudade de casa, uma tristeza, uma sensação de que algo está muito errado. Talvez experimente isso como um anseio por alguma coisa perdida, talvez um sentimento de que nada realmente vai satisfazê-lo plenamente. Você pode sentir carência. Alegre-se! Você está vivendo as questões centrais com que todo ser humano consciente se defronta. E isto não é algo insignificante – é o Grande Momento, o grande caminho percorrido por todos os que despertaram para a liberdade, a paz e a iluminação.
Homens e mulheres que trilham este caminho são tradicionalmente chamados de “buscadores”. Quando escuta estas palavras, você está consciente de sua jornada? Você compreende o que está buscando? Você está pronto para encontrar o que busca?
A busca do significado mais profundo sempre foi considerada uma qualidade humana admirável.
Os buscadores, sempre curiosos em relação ao desconhecido, podem desejar saber mais sobre levitação, viagem astral, corpos de luz ou clarividência. Entretanto, não é disto, em última análise, de que se trata esse Caminho.
O mágico, o misterioso e o oculto são efeitos que podem ser produzidos, mas não são o que importa. O milagre desse Caminho é um milagre de amor, não o de ficar se contorcendo em posturas difíceis. A meta do Caminho é a iluminação, não a viagem astral. A meta é o caminho, o viver de uma forma iluminada (desperto, atento, consciente).
A iluminação significa uma profunda transformação interior, uma auto realização. A iluminação é o fim da ignorância.
Quando falamos em trilhar o Caminho da Iluminação, estamos falando sobre trilhar o caminho compassivo de um viver esclarecido.
Hoje em dia, permaneço firme em minha convicção de que a iluminação é uma possibilidade real para cada um de nós.
Para terminar uma linda oração tibetana: Que todos possamos chegar ao Buddha interior e despertar para quem e para o que realmente somos.
MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)
ESCUTA / ENSINAMENTO (1)
Quanto mais sutil for nossa respiração, mais pacíficos serão nosso corpo e mente.
COMPREENSÃO / REFLEXÃO (2)
Quando nosso corpo não está em paz, é difícil para a nossa mente estar em paz. Assim, devemos usar a nossa respiração para ajudar as funções do nosso corpo a serem suaves e pacíficas.
Se estamos ofegantes ou nossa respiração é irregular, não conseguimos acalmar as funções do nosso corpo.
Nossa respiração precisa ser leve, serena, silenciosa
Quando inspiramos podemos sentir a respiração entrando em nosso corpo e acalmando todas as suas células. Quando expiramos, podemos sentir nosso exalar carregando para fora todo o nosso cansaço, irritação e ansiedade
Sensações de paz e alegria são os nutrientes do praticante e ajudam-no a ir mais longe no caminho da prática.
A essência da prática da meditação é voltar a habitar o momento presente e observar o que está acontecendo no momento presente.
Este método pode ser usado em qualquer lugar e a qualquer momento, não apenas na sala de meditação.
FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO (3)
Sabemos que quando meditamos a unidade corpo e mente se estabelece, portanto só precisamos acalmar nosso corpo a fim de acalmar nossa mente.
Inspirando eu acalmo o meu corpo.
Expirando me estabeleço no momento presente.
Assim que a maravilhosa sensação de estar estabelecida em perfeito repouso surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.
Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.
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