A maioria de nós experimenta uma vida cheia de momentos maravilhosos e momentos difíceis, também. Mas para muitos de nós, mesmo quando estamos muito alegres, há medo por trás da nossa alegria. Temos medo que este momento termine, medo que não vamos conseguir o que necessitamos, que vamos perder aquilo que amamos, ou que não estaremos fora de perigo. Geralmente, o nosso maior medo é saber que um dia nossos corpos vão parar de funcionar. Então, mesmo quando estamos rodeados de todas as condições de felicidade, nossa alegria não está completa.
A única forma de suavizar o medo e ser verdadeiramente feliz é reconhecer que o medo existe e olhar profundamente para a origem dele.
Temos medos das coisas exteriores a nós que não conseguimos controlar. Nos preocupamos se vamos adoecer, envelhecer e perder as coisas que mais valorizamos. Tentamos nos agarrar às coisas que damos importância: nossa posição, nossa propriedade, as pessoas que amamos. Mas agarrar firme não alivia o nosso medo. Eventualmente, um dia, teremos que largar tudo e todos.
Podemos até pensar que, ignorando nossos medos, eles possam ir embora. Mas se nós escondermos nossas preocupações e ansiedades em nossa consciência, elas continuarão a nos afetar e a nos trazer mais aflição. Temos muito medo de ser impotentes. Mas temos o poder de compreender profundamente nossos medos, e assim o medo não consegue nos controlar.
Todos nós experimentamos medo, mas se pudermos compreender profundamente nosso medo, seremos capazes de nos libertar das suas garras e tocar a alegria. O medo nos mantém focados no passado ou preocupados com o futuro. Se pudermos reconhecer nosso medo, podemos compreender que, neste exato momento, ainda estamos vivos, e nossos corpos funcionando maravilhosamente.
A primeira coisa a fazer é reconhecer gentilmente que o medo existe. Isso já traz muito alívio. Depois quando nosso medo tiver se acalmado, nós podemos examinar profundamente suas raízes, suas origens. A compreensão das origens de nossas ansiedades e medos nos ajudará a dissipá-las.
Quando praticamos convidando nossos medos a virem à tona, nos tornamos conscientes de que ainda estamos vivos, de que ainda temos muitas coisas para valorizar e desfrutar.
Buddha foi um ser humano, e ele também conhecia o medo. Mas como ele passava todo dia praticando em consciência plena, ao se confrontar com o desconhecido ele foi capaz de enfrenta-lo calma e pacificamente.
Você precisa praticar e realizar isto por si mesmo. Se você tornar a prática da consciência plena um hábito, quando as dificuldades surgirem, você já saberá o que fazer.
MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)
ESCUTA / ENSINAMENTO (1)
Nós podemos transformar o nosso medo
COMPREENSÃO / REFLEXÃO (2)
A prática de viver inteiramente no momento presente – que chamamos de consciência plena – pode nos dar a coragem de enfrentar nossos medos para deixarmos de ser comandados e ameaçados por eles.
Estar consciente significa compreender profundamente, tocar a nossa verdadeira natureza e reconhecer que nada jamais será perdido.
FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO (3)
Nos próximos minutos
Repouse sua atenção sobre a respiração e procure manter a mente num estado de repouso relativamente longo, livre de pensamentos por um tempo.
Nesse estágio, não somos mais levados pela distração. Nossa mente permanece clara e somos capazes de retornar rapidamente para a meditação
Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.
Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.
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