Entrando em contato com sua própria experiência de vida

Alguma vez você já olhou para a sua vida e se perguntou: Foi isso mesmo o que eu escolhi pra mim? Estou no endereço certo? Como foi que eu vim parar aqui?
Existe um antigo ditado tibetano que diz: “A vida se esgota enquanto nos preparamos para viver”. E até mesmo na antiguidade, quando a vida deve ter sido um tanto ou quanto mais lenta e mais simples, os sábios mestres tibetanos reconheciam que era muito mais fácil viver em fantasias a respeito do futuro, do que permanecer atento ao momento presente.

Pois bem, esta é a sua vida. Neste momento... Apenas isto. Sua vida é o seu caminho. Não deseje o caminho de outra pessoa; em vez disso, procure maneiras de ser como seu autêntico Ser (a sua verdadeira natureza) - totalmente confortável, em paz, à vontade em cada situação, com uma sensação de verdadeira liberdade interior. Você é um tesouro especial que está tentando se descobrir e se revelar. O amor e os desafios que recebe dos seus amigos, do seu parceiro, da sua família e do seu trabalho fazem parte do seu despertar – então, não reclame - todos são úteis.

E quando damos uma pausa para realmente refletir sobre o que estamos vivenciando, sejam coisas boas ou más, notamos como somos descuidados com relação aos nossos pensamentos, palavras e ações.

Nossa vida com todos os seus “afazeres e acontecimentos” nos fornece dezenas de oportunidades para que possamos aprender com as nossas próprias experiências. Mas a questão é: Aprendemos realmente a determinar os tipos de comportamento que nos trazem alegria e os que nos trazem dor? Prestamos atenção ao que está acontecendo no momento presente? Ou passamos inconscientemente pela vida, perguntando ano após ano: “Por que isto está acontecendo comigo”?
Será que somos sonâmbulos que sonhamos ao longo de uma rotina criada pelo nosso inconsciente?

Que mudanças poderíamos realizar nas nossas atitudes e ações, para obter efeitos mais positivos?
Simples... Precisamos prestar mais atenção ao que está acontecendo enquanto está acontecendo...

Sempre existem partes na nossa vida que não recebem a nossa atenção total – partes que varremos para baixo do tapete e às quais decidimos não prestar atenção.
Quase todos nós já estivemos envolvidos, por exemplo, em relacionamentos com pessoas que fazem “ruídos”, pessoas que nos informam sutilmente, das maneiras mais diversas, que estão insatisfeitas.
Mas quando nos tornamos mais sábios a respeito da nossa vida, aprendemos a ouvir mais de perto as mensagens que recebemos a respeito da maneira como estamos vivendo.

Buddha nos encorajou a encarar a vida de uma maneira realista, e não de um modo pessimista ou otimista. Examinando o nosso relacionamento com a família, os amigos ou namorados, temos a tendência a olhar para o mundo a partir da nossa experiência pessoal – ou seja, enxergamos a partir dos condicionamentos a que fomos submetidos desde a infância. Na verdade, não enxergamos a realidade do que está diante de nós.

As nossas experiências – o que vemos, pensamos e sentimos – estão relacionados com os nossos apegos, nossas percepções e nossas interpretações. Assim construímos a nossa realidade.
Tudo que fazemos, dizemos, pensamos e sentimos cria uma impressão na mente. Tudo o que vemos, ouvimos, cheiramos e provamos gera uma impressão na mente. E os ensinamentos dizem que quando alguém ou alguma coisa aperta esses botões, temos uma reação (inconsciente).

Quando o Buddha alcançou o seu verdadeiro despertar, ele estava livre, totalmente livre das reações. Nunca mais ele ficaria à mercê do que gostava e do que não gostava; ele havia atingido o domínio dos seus pensamentos e sentimentos e, com isso, é claro, atingiu a liberdade e a paz interior.

Então não se esqueça! A liberdade está em nossas mãos. Somos livres para ser verdadeiramente nós mesmos de momento a momento – livres para vivenciar a felicidade e a espontaneidade natural de simplesmente existir.

Qualquer pessoa que tenha percorrido o caminho do despertar está ciente de que as maiores batalhas que temos que enfrentar são internas – não são externas! Nossas batalhas não são contra a doença, o vizinho, a inflação, a morte ou a chuva. Nossas maiores batalhas são internas! Os demônios mais determinados são aqueles que vivem dentro de nós. Creio que é importante que todos nós façamos algo mais do que apenas fingir aceitar essa ideia.

A mensagem de hoje é:
Quando dizemos que é preciso despertar, estamos querendo dizer que temos que nos tornar plenamente conscientes do que está efetivamente acontecendo conosco – e dentro de nós. Se estamos descuidando da nossa saúde, precisamos perceber o que estamos fazendo, e por que estamos agindo assim. Não é fácil alcançar esse nível de consciência, mas é possível.
Então, a partir desse momento, e por alguns instantes, observe a sua respiração e esforce-se por viver totalmente no momento presente, no aqui e agora – o Sagrado agora.


MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)

ESCUTA / ENSINAMENTO
Meditação e Mente Atenta são práticas que podem curar nossas vidas. 

COMPREENSÃO / REFLEXÃO
O mestre vai dizer que
Sem essas práticas permaneceremos ausentes, distantes, com a mente sempre divagando, sem consciência, sem ver ou compreender o que fazemos com nossas vidas e com este mundo.

FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO
Nos próximos minutos
Não busque apenas um mero silêncio exterior ou interior, mas encontre e habite um silêncio mais sutil e abrangente, que não é causado pelo silêncio externo ou pela mera quietude e imobilidade corporal.

O silêncio (que Buddha falava) é praticado especialmente quando o mundo tenta nos distrair com hostilidades, com ruídos, com crueldade...

Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.

Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.

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