Vivemos como sonâmbulos, guiados por uma mente totalmente desconectada do que está acontecendo no momento presente. Uma mente que volta sempre ao passado (só para sofrer de novo) ou que projeta o futuro. Vivemos de esperanças... É muito mais fácil viver na esperança de que a felicidade está logo ali na frente; é muito mais fácil viver na esperança de que seremos felizes amanhã. Percebe? Nós seremos felizes amanhã, hoje não - nunca hoje! Sempre amanhã! Esperando esse amanhã, que nunca chega, estamos nos distanciando cada vez mais de nós mesmos.... Estamos ausentes... estamos vazios... estamos totalmente desconectados de nossa essência feliz. Não vivemos realmente!
Iludidos pela felicidade que chegará amanhã, nos perdemos, esquecemos de quem realmente somos; não conseguimos retornar ao nosso lar verdadeiro – não somos verdadeiramente felizes. Apenas vagamos... por vidas e vidas... Vagamos. E a pergunta é: Até quando? Até quando vamos procurar fora o tesouro que está dentro, esperando para ser revelado?
É hora de despertar. Há quanto tempo você tem procurado fora? Encontrou alguma coisa? Você pode dizer que está plenamente satisfeito? Você pode dizer que não precisa ir mais a lugar nenhum? Não, não podemos dizer isso. Como bons imitadores continuaremos a procurar a felicidade fora, afinal, olhamos para o lado e está todo mundo correndo atrás da tal felicidade, fora... E como bons imitadores, vamos correr também, na verdade, vamos correr mais depressa, talvez encontremos primeiro... e daí surge toda agressividade, todo o ódio, toda a ganância, inveja... sofremos!
Com tanta correria, quem tem tempo para sentar, respirar e olhar pra dentro...
O cultivo da plena atenção nos ajuda a entrar em contato com a vida, porque a vida só acontece aqui e agora.
Quando estamos conscientes, somos capazes de perceber o que está acontecendo, no momento em que está acontecendo.
Quando estamos conscientes, a cada momento, encontramos mais alegria nos pequenos prazeres da vida; ficamos mais plenamente presentes e podemos saborear a vida... podemos mergulhar nas profundezas do Ser em vez de meramente patinhar perto da superfície.
Quando praticamos a meditação ensinada por Buda, Plena Consciência na Respiração, na verdade estamos nos exercitando para ser mais conscientes e atentos na vida.
Buddha dizia que precisamos praticar a meditação, ou seja, precisamos estar atentos, enquanto andamos, ficamos de pé, comemos, bebemos, lavamos a louça, lavamos às mãos, enquanto varremos o chão, enquanto sentamos, enquanto bebemos o chá, adormecemos, despertamos, falamos e quando ficamos em silêncio. Isso praticamente explica tudo. Será que alguém pode se dar ao luxo de caminhar pela vida como um sonâmbulo? Todos nós não queremos estar totalmente despertos e vivos?
No mundo agitado em que vivemos, parece impossível permanecer conscientes o tempo todo. No longo trajeto para o trabalho, nossa mente tende a dar um salto à frente e pensar no que vamos fazer quando chegarmos lá. Frequentemente sonhamos acordados com coisas que já aconteceram. Vivemos no ontem ou no amanhã. Isso, claro, é o contrário da plena atenção.
A mensagem de hoje é:
Quando perdemos o momento presente, perdemos nosso lugar na vida.
MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)
ESCUTA / ENSINAMENTO
Quando vivemos com negligência, dissipamos a nossa energia e desperdiçamos a nossa vida.
COMPREENSÃO / REFLEXÃO
Quando vivemos de um modo consciente, vivemos plenamente o momento presente e nos ligamos de uma maneira mais completa à pessoa com quem estamos e com o que estamos fazendo. O mais íntimo ato torna-se inimaginavelmente abençoado. A plena atenção é como a joia que satisfaz os desejos, um verdadeiro elixir. Ao nos ligarmos a ela nos conectamos ao ouro espiritual. A plena atenção é transformadora.
FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO
Nos próximos minutos
Olhe profundamente dentro... Respirando suavemente, cada vez mais suavemente... Plenamente atento a sua respiração, momento a momento... Mantendo a sua mente calma e tranquila.
E, então, não reaja... Nenhum movimento... Apenas atento a sua respiração... Sem tentar chegar a lugar algum... Sem objetivos... Simplesmente aqui e agora... Em profundo êxtase.
Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.
Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.
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