Solte-se e seja autêntico

Buddha ensinou que a vida é difícil e dolorosa, mas ele disse que a vida é difícil e dolorosa porque nada é completamente da maneira como queremos que seja. Essa é a realidade. 
Nos apegamos ao que gostamos e rejeitamos o que não gostamos, mas, inevitavelmente, pessoas de quem gostamos estarão separadas de nós e pessoas de quem não gostamos estarão próximas a nós. Precisamos aprender a enfrentar os altos e baixos da vida com mais habilidade.

E os propósitos para o despertar são bastante claros: precisamos nos esforçar para ser mais interessados e pacientes, mais generosos e amorosos... Na verdade, descobrir maneiras de interagir com os outros com mais compaixão - isso resume em grande parte os objetivos do nosso caminho espiritual.

Percebemos como isso é verdadeiro quando observamos os grandes mestres da meditação; eles conseguem permanecer imperturbáveis e conscientes, independentemente do que esteja acontecendo ao redor deles. Este é um dos muitos benefícios da meditação. Ela nos ajuda a nos relacionarmos com a vida e com as pessoas de maneira mais equilibrada.

Neste momento volte a observar com plena atenção a sua respiração...
Meditação é isso.
Treinamos a plena atenção. Estou consciente da sensação no momento presente, mas me liberto da tendência de reagir neste momento. Digamos, por exemplo, que você sinta uma coceira no dedão. Basta ter consciência do dedo que está coçando. Não precisa fazer nada a respeito – não precisa reagir e coçar. Pode simplesmente se desligar... perceber o fato e deixar que ele exista. Esse é o significado de soltar-se.

A meditação é a maneira de conectar o indivíduo a sua essência pura, que se sente em paz e à vontade em qualquer situação.

Nesse estado, retornamos à simplicidade, permanecemos conscientes do essencial e nos libertamos do que é irrelevante; nos libertamos de ressentimentos com relação ao passado, bem como de sonhos extravagantes com relação ao futuro; abandonamos as nossas reações impensadas diante das pessoas e das situações; nos libertarmos do apego e da identificação aos diversos papéis que assumimos, as diversas máscaras que usamos para poder navegar nas águas da vida.

Buddha ensinou que precisamos levar todas essas lições ao mundo, onde todos os nossos botões – nosso ódio, apego, ciúme, inveja, cobiça, tem a probabilidade de serem apertados regularmente.

Quando nos vemos em situações com as quais estamos fortemente envolvidos, é muito difícil não reagir de um modo impulsivo. Por isso, acredito ser uma boa ideia nos dirigirmos a nós mesmos e as outras pessoas com compaixão, com paciência, com sensibilidade e delicadeza.

A mensagem de hoje é:
Apenas observe a si mesmo. Fique atento e repare como você reage diante dos outros. Tente perceber qual dos seus botões está sendo apertado. Observe o surgimento das reações habituais, frequentemente inconscientes. Dê nome a elas e libere-as. 

Quando lidamos conscientemente com nossos sentimentos, nos tornamos emocionalmente mais estáveis, mais seguros e dignos de confiança. Ao compreender esse ponto, nossas reações se torna
m mais equilibradas e mais de acordo com o que está realmente acontecendo. Então, podemos agir e não mais reagir, mas sempre com bondade e compaixão por todos os envolvidos na situação.


MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)

ESCUTA / ENSINAMENTO
Toda a paz e contentamento possíveis são esses que surgem ao sentar-se. Se você não consegue encontrá-los aí, não os encontrará em nenhum lugar.

COMPREENSÃO / REFLEXÃO
Não persiga seus pensamentos como a sombra que segue seu objeto. Não corra atrás de seus pensamentos. Não adie isto! Seja capaz de encontrar paz e contentamento nesse exato momento.

FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO
Nos próximos minutos...
Respire devagar e profundamente, acompanhando cada respiração, unificando-se com ela.
Desligue-se de tudo. Imagine que você é uma pedra atirada no rio. A pedra afunda na água sem nenhum esforço.
Desapegada de qualquer coisa, ela lentamente afunda pela mais curta distância para atingir finalmente o fundo do rio, o ponto de descanso perfeito.
Você é praticamente como essa pedra que, desligando-se de tudo, deixou-se cair no rio.
No centro do seu ser está a sua respiração. Você não precisa saber quanto tempo leva até que possa alcançar o ponto de perfeito repouso.
Quando você se sentir como a pedra que atingiu o fundo do rio, você terá alcançado o ponto em que encontrará seu perfeito repouso. Você não estará mais sendo empurrado ou puxado por nada.

Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.

Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.

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