Assim eu ouvi...
Tão importante quanto as palavras é a forma pela qual nós realizamos estes ensinamentos em nós mesmos.
Os mestres Tibetanos ensinam que tudo o que acontece na vida é parte de nosso caminho. Assim, cada momento é uma oportunidade para o despertar; cada experiência que temos pode ser assimilada à nossa vida espiritual.
O desenvolvimento da sabedoria, da clareza, da sanidade mental e da compaixão em sua vida expressam o caminho da realização. Este é o seu trabalho diário; é assim que você torna sua vida sagrada.
Viver esse Dharma continua a ser um desafio para todos os buscadores espirituais de hoje. As eternas questões e as grandes perguntas permanecem abertas diante de nós.
1- Como equilibrar a vida interior e a exterior?
2- Como pegar nossas melhores intenções e direcioná-las para os outros?
3- Como manter nosso compromisso em tempo integral, dentro de um contexto de mundo complicado?
4- Como equilibrar compaixão e sabedoria?
5- Como saber a diferença entre amor e apego, entre cuidado e medo?
A maioria de nós tem dificuldade de trazer esses ensinamentos (Dharma) para nossas vidas, colocando-o em tudo o que fazemos. Mas é uma coisa perfeitamente possível.
Saímos de uma prática de Yoga, meditação ou experiência espiritual, particularmente enriquecedora, convencidos de que fomos transformados para sempre. Muitas vezes dizemos ou simplesmente pensamos: “Que aula boa; estou bem tranquilo; gostaria de permanecer aqui por mais tempo; ganhei o dia; vou levar essa sensação comigo para onde eu for” (...).
Mas, a seguir, em poucas horas estamos novamente inconscientemente envolvidos em alguma reação habitual e profundamente insatisfatória e, de repente, nada mais lhe parece fantástico. Nem sequer suportável. Tudo lhe parece frenético, negativo, competitivo e perturbador.
O que devemos entender é que o que nós alcançamos durante a prática foi uma percepção mais profunda de como estamos perdendo contato com nossa própria realidade interior.
A partir dessa percepção, você precisa trabalhar para mudar a si mesmo aos poucos, até que sua percepção se aprofunde mais – até que sua mente se familiarize com os ensinamentos.
O problema com suas prioridades, sua impaciência com os filhos ou a tendência a formar apegos excessivos, é tudo parte de seu caminho. Sua tarefa é trazer a sabedoria do Dharma para a sua vida, para ajuda-lo a lidar com todas essas questões.
Misturar o Dharma com sua vida significa tentar fazer escolhas e tomar decisões que sejam iluminadas, e que surjam da intenção de despertar dos sonhos ilusórios.
O Dharma de nossa realização interna é onde encontramos refúgio interior – refúgio para aprender a verdade, expressar a verdade e integrar essa verdade ao nosso ser.
Seguir um caminho equilibrado e moderado, que seja honesto e impecável, é viver em Dharma. Aprender a viver sem confusão, sem raiva, sem apegos ou ganância excessivas – isto é Dharma. A sanidade básica é estar sintonizado com as coisas como elas são. Seguir um caminho em Dharma significa tornar a vida espiritual uma prioridade e desenvolver um coração caloroso e amoroso, (um coração) que tem o sentido da empatia e amizade. Isto inclui desenvolver integridade e caráter, e não apenas buscar breves experiências místicas ou elevadas.
A verdade tem a ver com ficar livre, e não ficar nas alturas...
MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)
ESCUTA / ENSINAMENTO (1)
A meditação diária é a forma mais simples de permanecer no caminho essencial do despertar.
COMPREENSÃO / REFLEXÃO (2)
O mestre explica que isto é feito quando se presta atenção, quando se pratica a atenção plena em vez da completa desatenção, quando se cultiva conscientemente a presença da mente em vez da distração total.
Em uma passagem Budha disse: “Seja como uma lâmpada em si mesmo. Seja um refúgio em si mesmo. Mantenha o Dharma como uma lâmpada. Mantenha o Dharma como um refúgio. Não procure refúgio fora de si. Aqueles que forem um refúgio em si mesmo... serão estes, entre os buscadores, que chegarão ao ponto mais alto do caminho”.
FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO (3)
Nos próximos minutos...
Permaneça em completo silêncio, sem diálogo interno, com plena consciência – observando cada inspiração e cada expiração.
Quando sua postura transmite extrema estabilidade e propósito interior seu corpo irradia paz, serenidade e grandeza.
Esse caminho leva ao despertar e a sua plena quietude beneficia a todos ao seu redor.
Assim que essa sensação de paz e, serenidade surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.
Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.
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