Modo de vida Zen

Observe o fluxo de pensamentos que se move em sua mente... Perceba como é difícil relaxar no momento presente e alcançar um estado de bem aventurança...

Somos muito preocupados em relação à vida; estamos sempre pensando em termos de negócios, em termos de dinheiro, em termos de lucro.

Nós fomos todos educados para ganhar mais, para realizar mais. Dar menos e ganhar mais. E é realmente difícil abandonar essa ideia, porque isso significará uma transformação total.

Perceba... Nós valorizamos as coisas que têm alguma finalidade útil, nós não valorizamos as coisas que não tem nenhuma utilidade. Se quisermos relaxar, teremos de transferir toda a nossa consciência do utilitário para o não utilitário. Uma flor é muito mais valiosa que uma arma. A chuva que cai sobre o telhado e o som produzido são muito mais valiosos do que todo dinheiro do mundo. As árvores verdes são muito mais valiosas do que conseguir alguma conquista mundana. Desfrutar um lindo pôr do sol é muito mais valioso do que ter um nome mundialmente famoso.

O mestre Zen diz:

Para experienciar a bem aventurança, nós temos de mudar todo o nosso sistema de avaliação. Nós precisamos desaprender a mente conquistadora; nós temos de desaprender a mente ambiciosa; nós temos que aprender um modo totalmente novo de vida, um modo onde possamos desfrutar, onde possamos nos alegrar e sentir satisfação na vida.

E isso é basicamente o modo de vida Zen. Sua qualidade básica mais essencial é a capacidade de desfrutar o comum com extraordinária perceptividade. Entenda... Se uma pessoa lhe desse o diamante mais caro do mundo (Kohinoor), é claro que você apreciaria; mas se alguém lhe desse apenas um cravo de defunto, você diria “obrigado”, mas não estaria realmente agradecendo – seria apenas uma formalidade, seria falso, você não estaria mesmo agradecido.

Isso é para ser aprendido e toda a sua visão de mundo mudará. Então você não poderá ser um conquistador; então você sentirá uma imensa alegria onde quer que você esteja, ao lado de quem quer que seja.

Não ser mesquinho simplesmente significa que você tem de viver cada momento sem nenhum motivo absolutamente, pela simples alegria de viver, pela simples alegria de dançar, pela simples alegria de cantar. Assim como as flores florescem... e os pássaros cantos... e os rios fluem... da mesma maneira quando você está vivendo momento a momento, por nenhuma razão absolutamente, por nenhum propósito, sem motivações, sem uma finalidade... como se esse fosse o primeiro e último momento da sua vida e você estivesse completamente satisfeito com isso.

Para encerrar, o mestre diz:

Seja do momento, viva no momento. Aprenda a arte de permanecer no presente. O passado já não existe, o futuro ainda não existe. Somente o presente existe. Entre no presente com sua totalidade, sem motivação.

E o milagre é que sua alegria será tremenda, e a sua bem aventurança será eterna.

Simplesmente solte toda a ideia de alcançar algo; libere toda a ideia de possuir algo; simplesmente relaxe...

Observe a respiração, continuamente, sem se distrair...

E, então se estabeleça no momento presente.

MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)

ESCUTA / ENSINAMENTO (1)

Viva no momento e toda a bem aventurança será sua.

COMPREENSÃO / REFLEXÃO (2)

Buddha diz que não se pode encontrar a bem aventurança diretamente: ela vem como um subproduto, ela vem como uma sombra.

Aprenda a viver no aqui e agora pela graça desse momento, pela própria alegria dele, e você estará se encaminhando para uma grande surpresa. Você pode chamar essa surpresa de caminho, pode chamar de Dharma, pode chamar de Nirvana, Iluminação, bem aventurança. Isso não tem nome – é uma experiência anônima.

E uma vez que você a tenha provado, então toda a ambição desaparece, porque a bem aventurança vem e o enche tanto que não há nenhum lugar para mais nada – nem para a avareza, nem para a inveja, nem para a competitividade, nem para ambição, nem para o passado ou futuro.

Ela o preenche por todos os lados do seu ser, e começa a transbordar de você.

FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO (3)

Nos próximos minutos

Simplesmente solte toda a ideia de alcançar algo; libere toda a ideia de possuir algo; simplesmente relaxe...

Observe a respiração, continuamente, sem se distrair...

E, então se estabeleça no momento presente.

Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.

Ao terminar...

Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.