Procure prestar atenção a essa afirmação revolucionária: “A mente ao permanecer como nasceu – sem qualquer oração – se torna um Buda (um ser desperto)”
Se a mente permanece apenas um espelho e não reflete nada, não é condicionada por nada e não tem conteúdo...
A mente sem conteúdo é a única realidade de que podemos estar certos.
Nesse estado não há necessidade de orar ou fazer qualquer coisa; não é necessária nenhuma metodologia ou técnica. Apenas vá fundo e perceba a mente original, a mente sem conteúdo, o espelho sem poeira, a mente sem pensamentos, sem nuvens – e você chegou! Você é um ser desperto – um Buda!
A diferença entre você e um Buda é somente essa; você tem mais do que Buda. Buda tem menos do que você, pois ele é apenas uma mente pura e você é mil coisas acrescentadas a esta pureza. Assim, lembre-se: Buda é mais pobre que você. Ele deixou de ter e perdeu muitas coisas: infelicidade, falta de sentido, frustração, raiva, paixão, ganância... e muitas coisas que podemos enumerar. Você é realmente rico. Quando Buda atingiu a Iluminação alguém lhe perguntou: “O que você obteve com isso?” Ele riu e disse: “Eu não obtive, eu perdi muito. Sou muito mais pobre do que costumava ser. Perdi toda ignorância, todas as ilusões e todos os sonhos. Agora sou apenas minha originalidade”.
Por um momento, penetre o silêncio...
O silêncio é geralmente entendido como algo negativo e vazio, uma ausência de sons. Esse engano prevalece porque pouquíssimas pessoas sentiram o silêncio.
Tudo o que as pessoas perceberam como silêncio é ausência de ruído. Mas ele é algo muito diferente, é totalmente positivo. Faz parte da existência, não é vazio. Transborda com uma música que nunca se ouviu antes, com uma fragrância pouco conhecida e uma luz que só pode ser vista pelo olhar interior. O silêncio é uma realidade que já está presente em todos nós - mas nunca olhamos para dentro.
O seu mundo interior tem sabor, fragrância e luz próprios. É total e eternamente silencioso. Nunca houve nem nunca haverá nenhum ruído. Nenhuma palavra pode chegar lá, mas você pode.
O silêncio é uma realidade que já está presente em todos nós - mas nunca olhamos para dentro.
O seu mundo interior tem sabor, fragrância e luz próprios. É total e eternamente silencioso. Nunca houve nem nunca haverá nenhum ruído. Nenhuma palavra pode chegar lá, mas você pode.
O centro do seu ser é o centro de um ciclone. Tudo que acontece ao redor não o afeta. Ele é o silêncio
eterno: dias e anos vêm e vão, eras passam. As vidas transcorrem, mas o silêncio eterno do seu ser
permanece imutável: a mesma música sem som, a mesma fragrância divina, a mesma transcendência em relação a tudo o que é mortal e momentâneo.
Você é esse silêncio! E esse silêncio lhe traz a verdade, o amor e milhares de outras bênçãos.
MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)
ESCUTA / ENSINAMENTO
A mente ao permanecer
Como ela nasceu –
Sem qualquer oração
Ela se torna um Buda
COMPREENSÃO / REFLEXÃO
O mestre Zen diz:
“Investigue a mente original”. “Mente original” significa quando não havia impacto de coisa alguma na mente; antes de começar o condicionamento, antes de ser-lhe dito quem você é, antes de você ser ensinado, antes de você aprender, antes de sua mente começar a coletar conteúdos. Vá fundo neste primeiro momento quando não havia conteúdo, mas somente o recipiente, apenas o espelho refletindo nada – isso é real.
FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO
Então, nesse momento, dissolva a mente que pensa, a mente gananciosa, a mente ambiciosa, a mente sonhadora...
E volte as suas raízes mais profundas... Por três minutos volte ao útero e simplesmente seja! Torne-se uma testemunha de tudo o que está acontecendo, mas sem reagir – sem apegar ou rejeitar qualquer pensamento, som ou imagem... Torne-se simplesmente uma testemunha.
A testemunha é real.
Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.
Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.
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