Osho diz:
Deveríamos procurar
O Caminho do Buddha
Por toda a noite,
E, buscando, você entrará
Em sua própria mente.
O ego sempre está procurando por algo maior, por um ego maior. E o verdadeiro sábio é uma pessoa comum, completamente comum, e esta é a sua excepcionalidade!
A mente medíocre está interessada no exterior. O exterior é intrigante, maravilhoso, digno de ser explorado. Assim, o exploramos para conseguir riquezas, para alcançar a fama e outras coisas, e então um dia, quando estivermos saturados com as chamadas coisas mundanas e começarmos a procurar novamente por um Mestre, por Buddha, por Cristo... Perceba, ainda procurando no exterior! Começamos a procurar pelo caminho, mas ainda fora. E o Buddha e o caminho não são encontrados do lado de fora.
Procurar na parte externa é se afastar mais e mais do caminho, pois o caminho está dentro de nós, o nosso despertar (Buddha) está no interior.
Se você puder descobrir somente uma coisa dentre todos os tipos de frustrações – que não há nada a ser encontrado no exterior, absolutamente nada – e ao perceber e se dar conta disso, você se voltar para dentro, então sua própria mente é toda a coisa, então dentro de você está tudo. E, buscando, você entrará em sua própria mente.
À medida que você for mais fundo em sua própria mente, você penetrará da mente para a não mente. A camada superficial é a da mente – é a camada do ego, mas o conteúdo interior é da não mente – é a camada da ausência do ego.
Se você entrar, primeiro você vai perceber a mente, com seus pensamentos, desejos, fantasias, imaginação, memória, sonhos e todas essas coisas. Porém, se você continuar a penetrar, logo chegará a espaços silenciosos, sem pensamento. Logo você chegará mais e mais perto do âmago do seu ser – do centro do seu ser -, o qual é atemporal e está em lugar nenhum, o qual não tem tempo nem espaço.
Quando você alcançar um ponto em que não se pode perceber nenhum tempo ou espaço, você chegou. Contudo esta chegada é voltar à sua própria natureza. Você não chegou a algo novo, mas àquilo que sempre foi seu.
E quando você atingir este ponto poderá entender que tudo já está acontecendo. Você estava desnecessariamente preocupado e carregava todo aquele peso...
O mundo está girando muito suave, bela e perfeitamente, mas porque pensamos que estamos separados dele, surge o problema: “como levar nossas vidas”? Se você sabe que é parte dele não há necessidade de se preocupar. Este cosmo tão infinito, funcionando tão perfeitamente bem... você não pode permanecer nele sem nenhuma preocupação?
Você tomou uma coisa como certa: que você está separado do mundo. Mas ao penetrar fundo no seu espaço interior, essa separação desaparece.
Ego significa separação, significa: “estou separado do todo”. Ego significa que a parte está reivindicando ser o todo por conta própria, então você pensa: “tenho meu próprio centro e tenho de sobreviver, lutar, batalhar por mim mesmo. Se eu não lutar por mim mesmo, quem irá lutar”?
A insegurança surge devido ao ego. (mas) Quando o ego se vai, existe simplesmente segurança.
Neste estado existe um puro nada, um nada como espelho. Não que a atividade desapareça, mas o autor não é mais encontrado.
Buda desapareceu quando tinha quarenta anos de idade, mesmo assim ele viveu até os oitenta e dois anos – ele viveu mais quarenta e dois anos. E ele fazia todos os tipos de coisas; contudo, tudo era natural. “Natural” significa que “tudo acontecia espontaneamente”.
Observe... Neste estado natural, quando você não está buscando nada do lado de fora, neste completo estado comum, você também faz algumas coisas quando não existe ninguém por detrás, e essas são as únicas coisas que trazem bem aventurança a você.
MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)
ESCUTA
Ao procurar o caminho do Buddha em nosso interior, penetramos a mente original
COMPREENSÃO / REFLEXÃO
Você já observou alguns momentos em sua vida quando você não está presente? Pela manhã, o sol se erguendo, o ar fresco, os pássaros cantando... E de repente você se perde de você mesmo e fica tão absorto no alvorecer e na bela manhã que, por um momento, você esquece que existe. Imediatamente há beleza!
A beleza não surge do alvorecer, pois existem muitos que estão passando pela mesma estrada e não estão olhando o alvorecer. Aconteceu a você por que você não está presente.
Ao fazer amor, algumas vezes você desaparece. Quando você desaparece há orgasmo, grande beleza, alegria, bênção e êxtase, mas somente quando você desaparece.
Viver nisso é viver nirvana, é viver o despertar. Essa é a inatividade original.
Deixe que essa seja a sua terra. Você realmente pertence a ela, ela é de onde você vem e é onde você deveria relaxar e ser – simplesmente ser...
FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO
Nos próximos três minutos, procure permanecer sem expectativas, mantendo sua mente sem escolhas... em profundo silêncio...
Se você continuar a penetrar o seu interior, logo chegará a espaços silenciosos, sem pensamento.
Viver nisso é viver nirvana, é viver iluminação.
Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.
Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.
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