Aquele que governa os homens vive na confusão.
Aquele que é governado pelos homens vive na tristeza.
Portanto, o monge não desejava nem influenciar os outros nem ser influenciado por eles.
A chave para dissipar a confusão é ficar livre da dor e viver com o Dharma na terra do Grande Vazio.
Perceba:
Se um homem estiver atravessando o rio e um barco vazio colidir com a sua embarcação, mesmo que ele seja um homem mal humorado (ele) não vai ficar muito irritado. Mas, se ele vir um homem no outro barco, ele vai gritar com ele para que ele reme direito. Se o seu grito não for ouvido, ele vai gritar de novo, e mais uma vez... e começará a xingar. Tudo porque há alguém no barco. Se o barco estivesse vazio, ele não estaria gritando nem ficaria com raiva.
Se você conseguir esvaziar o seu barco ao atravessar o rio do mundo, ninguém vai se opor a você, ninguém vai tentar lhe fazer mal.
A árvore reta é a primeira a ser cortada, a fonte de águas límpidas é a primeira a ser secada. Se você deseja melhorar a sua sabedoria e envergonhar o ignorante, se você deseja cultivar o seu caráter e ofuscar os outros; uma luz brilhará à sua volta, como se você tivesse engolido o Sol e a Lua: Você não evitará a catástrofe.
Um sábio já dizia:
“Aquele que se contenta consigo fez uma obra inútil. O sucesso é o começo do fracasso, a fama é a origem da desgraça.
Quem pode se libertar do sucesso e da fama, e descer e se perder em meio à massa humana?
Esse fluirá como o Dharma, invisível, avançará como a própria vida... sem nome e sem lar. É simples e não faz distinção. Aparentemente é um tolo. Seus passos não deixam rastro. Não tem nenhum poder. Nada consegue, não tem reputação. Como não julga ninguém, ninguém o julga.
Assim é o homem perfeito: seu barco está vazio
Bem, você veio até aqui... Deu um passo perigoso. Correu um risco.
Esteja ciente que por intermédio do Yoga você não vai ganhar nada – porque, a menos que você esteja perdido, a menos que você desapareça totalmente, o real não poderá surgir. Você é a única barreira.
E você é tanto, e tem tanta teimosia, você é tão cheio de si mesmo que nada pode penetrar em você. As suas portas estão fechadas. Quando você desaparece, quando você não está, as portas se abrem. Então você se torna simplesmente como o céu – vasto e infinito. Essa é a sua natureza.
Você não pertence a nenhuma forma. A forma é irrelevante – você pertence ao sem forma, você pertence ao total, ao todo. Você não pertence a nenhuma casta, nenhuma religião, credo; você não pertence a nenhum nome. E, a menos que você se torne sem forma, sem nome, você nunca será saudável.
Sanidade significa chegar ao que é natural, chegar ao que é perfeito em você, ao que está escondido atrás de você. E muito esforço é necessário porque para eliminar a forma, é muito difícil. Você se tornou muito apegado e identificado a ela.
Este campo de meditação, nada mais é do que todo o nosso esforço para o persuadir a seguir na direção do sem forma porque toda forma significa ego – toda forma é centrada no ego.
MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)
ESCUTA / ENSINAMENTO
A vida sempre avança na direção do desconhecido.
COMPREENSÃO / REFLEXÃO
E a todo momento a vida está avançando para o desconhecido – a vida é insegura - e, se você tem medo do desconhecido, você permanecerá congelada; você irá morrerá e a vida não vai esperar por você.
Você tem que derreter e só quem não tem acúmulos (de qualquer natureza) para proteger, pode avançar com o desconhecido e avançar feliz.
Não tem nada a perder. Assim eram os mendigos de Buda – sem nome, sem abrigo, nada para proteger, nada para preservar. Eles podiam ir a qualquer lugar, assim como as nuvens no céu, flutuando, sem nenhuma meta, nenhum propósito, nenhum ego.
FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO
Sempre que você se perceber perambulando na memória, na imaginação, traga-se de volta para o presente, para aquilo que estiver fazendo, para onde você está... Para quem você é.
Volte sempre para o presente.
Buda chamou isso de recordação de si mesmo.
Nessa recordação, aos poucos você entenderá o que é eternidade.
Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.
Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.
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