Só o amor dissipa o ódio

Sutra:
Nesse mundo
O ódio jamais dissipou o ódio.
Somente o amor dissipa o ódio.
Essa é a lei, ancestral e inexaurível (inesgotável)

Esse sutra nos ensina algo de profunda importância: O ódio existe com o passado e o futuro. O amor não precisa de nenhum passado. O amor existe no presente. O ódio tem uma referência no passado: alguém o tratou mal ontem e você está carregando isso como uma ferida, como uma ressaca. Ou você teme que alguém o trate mal amanhã – um medo, uma sombra de medo e você já começa a se aprontar, a se preparar para se deparar com isso.

O ódio existe no passado e no futuro. Você não pode odiar no presente – tente, e você se verá completamente impotente. Tente hoje: odeie alguém no presente, sem nenhuma referência ao passado ou ao futuro – você simplesmente não consegue! Isso não pode ser feito. Pela própria natureza das coisas, é impossível.

O ódio só pode existir se você se lembrar do passado. Aquele homem ali sentado fez alguma coisa ruim a você, ontem – então, o ódio é possível; ou aquele homem vai lhe fazer alguma coisa amanhã – então o ódio também é possível.

Mas se você não tem nenhuma referência ao passado ou ao futuro – aquele homem não lhe fez nada e não vai lhe fazer nada, ele está apenas sentado ali... – como você pode odiar?

Mas você pode amar. O amor não precisa de nenhuma referência: eis a beleza e a liberdade do amor. O ódio é um cativeiro, o ódio cria ódio, o ódio provoca ódio. Se você odeia alguém, você está criando ódio por você no coração daquela pessoa. E o mundo todo existe no ódio, na destrutividade, na violência, no ciúme, na competitividade.

As pessoas estão apertando a garganta uma das outras – ou na realidade, verdadeiramente, em suas atitudes, ou pelo menos em suas mentes, em seus pensamentos, todos estão assassinando e matando. Eis porque fizemos um inferno desta linda terra – que poderia se tornar um paraíso.

Ame e a terra se torna um paraíso novamente. E a imensa beleza do amor é que ele não tem nenhuma referência. O amor vem a você sem motivo nenhum. Ele é sua bem aventurança transbordante, ele é o compartilhar do seu coração. Ele é o compartilhar da canção do seu ser. E compartilhar é tamanha alegria! Por isso a pessoa compartilha. Compartilha pela graça do compartilhar, por nenhum outro motivo.

Então, nesse momento, olhe dentro... Perceba as emoções mais pesadas que você está carregando hoje... E perceba que elas têm uma referência no passado.

Então, deixe ir... E flua em harmonia com a natureza; com o momento presente...


MEDITAÇÃO (ESCUTA, COMPREENSÃO e FAMILIARIDADE)

ESCUTA / ENSINAMENTO
Sutra:
Nesse mundo
O ódio jamais dissipou o ódio.
Somente o amor dissipa o ódio.
Essa é a lei, ancestral e inexaurível (inesgotável)

COMPREENSÃO / REFLEXÃO
Contemplando essas palavras, perceba que
Ninguém nasce odiando ninguém.
Para odiar, você precisa aprender.
E se é possível aprender a odiar, também é possível aprender a amar.

Somente a luz pode dissipar a escuridão: amor é luz, a luz do seu ser, e o ódio é a escuridão do seu ser.
E como a luz é levada para dentro? Torne-se silencioso, sem pensamentos, consciente, alerta, atento, acordado – é assim que a luz é levada para dentro. E, no momento que você fica alerta, atento, o ódio desaparece.
Esses são experimentos para serem feitos, não apenas palavras para serem compreendidas – experimentos para serem feitos.
A luz e a escuridão não podem existir juntas – porque a escuridão não é nada mais do que ausência de luz.

FAMILIARIDADE / MEDITAÇÃO
Então, nesse momento, olhe dentro, em completo silêncio, sem pensamentos, sem expectativas... E, de repente, todo o seu ser se torna luz...

Assim que essa sensação surgir, procure retê-la em sua mente, dentro de seu coração, sem se distrair, por três (3) a vinte e quatro (24) minutos.

Ao terminar...
Tentamos levar esse “sentimento; sensação” conosco durante o intervalo entre as meditações.

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